Existem outros 16 tipos de Doenças Sexualmente Transmissíveis além da aids, muitas vezes desconhecidas pela população Quando pensamos em Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), logo nos vem à cabeça o HIV (aids) e buscamos nos proteger nas nossas relações sexuais para que seja evitado o vírus (e no segundo caso, a gravidez). Mas o que pouca gente sabe é que é muito mais simples contrair uma DST do que se imagina e que a gravidez pode estar em risco por conta de algumas delas. No histórico de DSTs conhecidas, o número é de aproximadamente 16 tipos de doenças que não são, necessariamente, transmitidas por relações sexuais. Na gravidez O período de gestação é o período onde a mulher precisa de cuidados dobrados com seu corpo e bem-estar, pelo simples fato de estar mais suscetível a infecções. As DSTs são facilmente contraídas e com uma probabilidade de quase 100% de infectar o feto. O HPV Foram relatados aproximadamente 16 tipos de Doenças Sexualmente Transmissíveis, incluindo o vírus da imunodeficiência humana (HIV/aids). Dentre eles existem os mais fáceis de se contrair, como, por exemplo, o Human Papilloma Viruse (HPV), que pode passar despercebido por muitos portadores do vírus. O sintoma visível do vírus HPV são apenas pequenas elevações na pele (semelhante a verrugas ou pelos encravados), que futuramente pode desenvolver câncer nas regiões peniana, vaginal, útero, reto e na garganta. Nem sempre o uso do preservativo pode prevenir o vírus, pois, dependendo do local de onde as elevações estejam, este não protegerá na hora da relação sexual. O vírus pode ser contraído sem relações sexuais, como no caso de toalhas usadas, no uso de roupas íntimas de outros, saunas e instrumental ginecológico. Já existem vacinas e preventivos para esse tipo de vírus em clínicas e hospitais. Parasita sexual Doenças Sexualmente Transmissíveis nem sempre têm como agente algum tipo de vírus. No caso da curiosa DST nomeada pediculose do púbis, a infecção se deve a um tipo de inseto do grupo dos piolhos, o Phtirus pubis. O inseto contamina o corpo do portador por sua saliva que é liberada na corrente sanguínea no momento em que ele “pica” a região do corpo. Com cerca de 1 milímetro, o parasita se instala nas regiões onde existe uma quantidade maior de pelos – caso das genitálias, ânus e abdômen. A infecção é contraída no contato do corpo do portador com o de seu parceiro. Para se livrar do parasita é necessária higienização correta do corpo, somente. Desconhecido Atualmente, as DSTs não chegam a ser um tabu. Algumas pessoas até sabem o nome de alguns, mas existem tipos de doença que é necessário ir mais a fundo para que seja possível evitar, como, por exemplo, a cancro mole (cancroide). Transmitida somente por relações sexuais, o vírus causa feridas purulentas e avermelhadas, geralmente localizadas na genitália externa. Muito raramente pode se desenvolver na boca, língua, garganta e ânus. Nos homens pode chegar a causar obstrução de veias. Não muito longe da categoria da cancroide, temos o vírus cancro duro, mais conhecido como sífilis. Existem diversos tipos dessa mesma doença, chegando a causar comprometimento total de órgãos e contaminação do feto, no caso de gestantes. Nesta caso, pode haver aborto ou parto prematuro. Um pouco mais adiante e muitas vezes despercebida, a herpes genital é muito comum em diversas pessoas, diferente da herpes comum ou bucal – transmitida pelo contato direito com o infectado ou com a saliva do mesmo, quando o vírus estiver manifestado. A genital é causada por um tipo diferente de vírus, que só pode ser transmitido por relações sexuais. Esse tipo de vírus pode ser contraído e “se esconder” no organismo da pessoa por dias, meses e até anos sem que se manifeste. Ao se manifestar causa feridas que o tecido danificado cicatriza de forma normal. É um tipo de infecção recorrente (se manifesta, cicatriza e retorna), que geralmente volta a aparecer em casos de imunidade baixa, febre, exposição solar ou estresse. Outra doença muito conhecida, porém pouco explicada, é a gonorreia. No caso das mulheres, os sintomas se manifestam muito pouco ou nada. Por este motivo, a portadora não procura um médico e transmite a doença ao seu parceiro – a chance de se infectar com a gonorreia é de 90% no caso de uma relação sexual. O vírus se manifesta em forma de secreções (corrimentos) da uretra, no caso do homem, e nas mulheres, na vagina, causando coceira e desconforto ao portador e em muitos casos até mesmo ardência ao urinar. É outra doença que pode causar muitos danos ao feto, no caso de gravidez. Entrevista. Repasso o que li e achei importante as pessoas saberem. O DMRevista conversou com o urologista Madson Bedim para esclarecer algumas dúvidas sobre DSTs. Confira trechos da entrevista: DMRevista – As DSTs possuem, além de relações sexuais, outras formas de serem transmitidas. Quais são as formas de contrair uma doença, os fatores de risco e qual é a visão do médico em relação a esse tipo de problema? Madson Bedim – As Doenças Sexualmente Transmissíveis são consideradas um problema de saúde pública. São causadas por diferentes agentes etiológicos e transmitidas pelo contato sexual desprotegido com um indivíduo infectado. Outras possíveis formas de transmissão dessas doenças são a transfusão de sangue infectado, o compartilhamento de agulhas e seringas por usuários de drogas e a transmissão durante a gravidez ou o parto. Devendo ser excluídos do risco o uso coletivo de ônibus, cadeiras de escolas, bancos de praças, aperto de mão e outras formas de contato direto ou indireto. Os fatores de risco gerais para as DST são: faixa etária jovem, condições socioeconômicas e educacionais baixas, prostituição, múltiplos parceiros, solteiros, ausência do uso de preservativos, DST prévia e uso de drogas. DMRevista – Atualmente, um vírus em particular está em evidência: o HPV. Quais são os maiores danos desse vírus e a quem causa maiores danos? Madson Bedim – Nas últimas três décadas notamos aumento no número de infecção pelo HPV, tornando a primeira DST em incidência, com risco maior para mulheres entre 15 e 25 anos de idade, manifestam-se como verrugas, nas regiões genitais ou canal anal, que podem surgir até anos após a contaminação. A principal complicação do HPV, também popularmente conhecido como “crista de galo”, seria sua associação com cânceres de colo uterino, ânus e pênis. Assim como o HPV, a infecção pelo herpes também é causada por um vírus, através do contato direto com as lesões e relaciona-se diretamente com o estado imunológico do indivíduo. DMRevista – E em relação ao homem, qual vem a ser o vírus que causa um dano? Madson Bedim – As uretrites, que se caracterizam por corrimento uretral, coceira genital, ardência ao urinar, podem ser causadas por inúmeras bactérias, sendo as mais comuns a clamídia e o gonococo (causadora da gonorreia). Atualmente trata-se de doença de fácil tratamento com antibióticos, porém quando não curada pode evoluir com infecções nos testículos, na próstata e estreitamentos da uretra. Ao contrário dos homens, mais de 70% das mulheres não apresentam sintomas, entretanto podem evoluir no futuro com inflamações no colo do útero, trompas e até mesmo infertilidade. DMRevista – Toda DST causa um dano muito grande ao portador. Mas a sífilis, propriamente, foi causa de mortes antes de encontrar o tratamento adequado. Quais são os maiores danos causados pelo vírus? Madson Bedim – A sífilis se inicia com feridas na região genital, que se não tratada pode evoluir para fases mais avançadas com manchas na pele, ínguas, queda de cabelo e em estágios mais graves pode haver comprometimento de órgãos como fígado, coração e até mesmo o cérebro. Foi causa de inúmeras mortes, realmente, contudo ainda hoje vemos complicações causadas por essa doença, lembrando-se da grande associação com indivíduos portadores de HIV. DMRevista – Nem sempre o uso da camisinha é o suficiente para a proteção de determinadas DSTs. Quais são as melhores formas de garantir segurança no caso de quem tem uma vida sexual ativa? Madson Bedim – A prevenção ainda é a medida mais efetiva, destacando a redução do número de parceiros, a vacinação (hepatite B, hepatite A e HPV), uso de preservativos (masculino ou feminino). A circuncisão passou a ser recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como medida eficaz na redução da transmissão de DST. Os parceiros sexuais devem ser examinados e tratados e ao fazer diagnóstico de uma DST, deve ser feito a pesquisa das demais. Yasmim Lauck. Achou importante? comentem!

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