Predestinação Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Calvinismo

Predestinação
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Calvinismo



João Calvino

Bases históricas:
Cristianismo
Agostinho de Hipona
Reforma

Marcos:
A Institutio Christianæ Religionis de Calvino
Os Cinco Solas
Cinco Pontos (TULIP)
Princípio regulador
Confissões de fé

Influências:
Teodoro de Beza
Sínodo de Dort
Teologia puritana
Karl Barth

Igrejas:
Reformadas
Presbiterianas
Congregacionais

Predestinação, é um conceito teológico, também relacionado a filosofia, que trata do relacionamento de Deus e o homem, no sentido de que Deus consegue prever ou até decidir previamente os acontecimentos no tempo e no espaço utilizando de Sua absoluta soberania e onisciência. Segundo algumas correntes teológicas, esta capacidade que Deus possui não significa que Ele tem que usá-la na sua totalidade, abrindo assim espaço à actuação livre do Homem.
Índice
[esconder]
• 1 Conceitos
• 2 Predestinação Absoluta de Calvino
• 3 No Catolicismo
• 4 Fontes Biblicas
• 5 Ver também
• 6 Referências

[editar]Conceitos
A predestinação divina, comum no monoteísmo, é no cristianismo relacionada a onisciência de Deus sabendo previamente tudo o que vai acontecer, no que se refere à salvação de uns e a não salvação de outros, sendo um tema dos ensinamentos de Agostinho de Hipona e de João Calvino. Para S. Agostinho a salvação não dependeria dos próprios seres humanos, mas sim de uma intervenção divina, da graça divina, algo que seria absolutamente necessário para a salvação. Dessa maneira, pode-se dizer que os "condenados" são nalguma medida escolhidos por Deus, ou melhor, os "não-escolhidos". Tais argumentos foram levantados por exemplo na Inquisição espanhola, no final do século XV.
Os cristãos entendem a doutrina da predestinação como a salvação que Deus planejou para os homens. A doutrina, na perspectiva de Deus, salva aqueles que Ele já escolheu desde a eternidade, pondendo até, segundo algumas correntes teológicas, escolher toda a humanidade; e por outro lado, na perspectiva humana, em que cada pessoa, sendo livre, é responsável pela sua escolha de aceitar ou rejeitar a Deus e à sua graça. As opiniões sobre a predestinação no cristianismo variam dando ênfase a uma ou a outra perspectiva.
A predestinação também é associada a outras teorias materialistas, espiritualistas, politeístas, destino, carma, convicções filosóficas e outras religiões, numa perspectiva de que se o futuro é imutável então somente um grupo de eventos podem ocorrer, outros teorizam que qualquer evento é imprevisível e ocorrem por pura sorte ou acaso.
[editar]Predestinação Absoluta de Calvino
A doutrina da predestinação está particularmente associada ao Calvinismo. A predestinação é um elemento que descende da teologia de João Calvino. Dentro do espectro de crenças quanto à predestinação, é no Calvinismo que possui sua forma mais enfática entre cristãos. Ensina que a predestinação de Deus é fruto de sua onisciência, como presciência, cuja qual, Ele rege de acordo com a Sua vontade e absoluta soberania, em relação as pessoas e acontecimentos. E numa forma insondável, por muitas vezes não compreensível ao nosso entendimento, Deus age continuamente com liberdade total, de forma a realizar a Sua vontade de forma completa.
Por outras palavras, o Calvinismo baseia a sua doutrina da predestinação na perspectiva de que Deus predestina previa e absolutamente a humanidade, escolhendo entre os homens aqueles que irão salvar-se e aqueles que vão ser condenados. Esta doutrina de algumas correntes teológicas protestantes (não todas) tira ao Homem qualquer possibilidade de rejeitar ou aceitar livremente a graça divina, ao contrário do Catolicismo.
[editar]No Catolicismo
Ver artigo principal: Doutrina da Igreja Católica e Graça
Na doutrina católica, a predestinação, além da perspectiva de Deus, baseia-se também na perspectiva de que o Homem, sendo criado livre por Deus, tem a capacidade de aceitar ou rejeitar a graça divina da salvação. Logo, a graça divina e o livre-arbítrio humano estabelecem-se entre si uma relação de colaboração indissociável. Apesar da vontade divina de salvar toda a humanidade através do mistério pascal de Jesus, o Homem pode livremente recusar a salvação e a santidade oferecidas por Deus.[1].
Sobre a onisciência divina, que assume um papel importante na predestinação, Eusébio Pânfilo, um Padre da Igreja católica, afirmou que: "o conhecimento prévio dos eventos não é a causa de que tenham ocorrido. As coisas não ocorrem [somente] porque Deus sabe. Quando as coisas estão para ocorrer, Deus o sabe"[2]. Sobre este assunto, Santo Agostinho, acrescenta que: "assim como você, pelo exercício da memória, não obriga a ocorrência dos eventos passados, tampouco Deus, por sua presciência, obriga a ocorrência dos eventos futuros" [3]. Logo, Deus, apesar de saber previamente os acontecimentos futuros, dá ao Homem a possibilidade de modificá-los e de criar uma nova versão do futuro, que aliás Deus também já consegue prevê-la.
[editar]Fontes Biblicas
 Efésios 1:3-14
 Romanos 9:14-18
 Romanos 8:26-30
 I Coríntios 2:7
 II Pedro 1:10
 Jeremias 1:5
 II Timóteo 1:9
 Salmos 139:16
 João 10:27
 Atos 13:48
[editar]Ver também
 Teísmo aberto
 Teologia do processo
 Onisciência
 Graça
 Justificação (teologia)
 Vocação eficaz
Referências
1. ↑ Graça e Justificação, um artigo do Veritatis Splendor
2. ↑ "The Faith of the Early Fathers", Volume I. William A. Jurgens. Liturgical Press, Collegeville Minnesota, 1970; pág. 296
3. ↑ Ibídem, Volume III; pág. 39

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